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Como EUA e Israel Estão Utilizando IA na Guerra

IA na Guerra


A inteligência artificial (IA) está transformando o cenário militar global. Estados Unidos e Israel estão na vanguarda dessa revolução, implementando sistemas de IA para aprimorar suas capacidades de combate. Este artigo explora como esses países estão utilizando IA em operações militares, os sistemas envolvidos, casos reais e as implicações éticas dessa nova era de guerra.


1. Israel: IA no Campo de Batalha

1.1. Sistemas Utilizados

  • Habsora ("O Evangelho"): Sistema de IA que analisa dados de vigilância para identificar alvos potenciais, recomendando bombardeios a analistas humanos. 

  • Lavender: Banco de dados alimentado por IA que identificou até 37.000 palestinos como suspeitos de envolvimento com o Hamas ou a Jihad Islâmica. 

  • "Where's Daddy?": Programa que rastreia suspeitos até suas residências, permitindo ataques direcionados quando estão em casa. 


1.2. Impacto Operacional

Esses sistemas permitiram às Forças de Defesa de Israel (FDI) aumentar significativamente o número de alvos diários, com estimativas de até 250 ataques por dia. 


2. Estados Unidos: Projetos Maven e Replicator

2.1. Projeto Maven

Iniciado em 2017, o Projeto Maven utiliza aprendizado de máquina para processar imagens e identificar alvos potenciais, auxiliando na tomada de decisões em tempo real. Foi utilizado em operações no Oriente Médio e na Ucrânia. 


2.2. Iniciativa Replicator

Lançada pelo Departamento de Defesa dos EUA, a iniciativa Replicator visa desenvolver drones autônomos em larga escala, equipados com IA para operar em ambientes de alto risco. O objetivo é implantar milhares desses sistemas até 2026. 


3. Implicações Éticas e Legais

O uso crescente de IA em operações militares levanta preocupações significativas:

  • Risco de Vítimas Civis: A automação de decisões pode levar a ataques com alto número de baixas civis, como observado em Gaza. 

  • Falta de Transparência: Sistemas de IA muitas vezes operam como "caixas-pretas", dificultando a compreensão e a responsabilização por suas decisões. 

  • Pressão por Regulamentação: Especialistas e organizações internacionais têm chamado a atenção para a necessidade urgente de estabelecer normas que regulem o uso de IA em conflitos armados. 


A integração da IA nas operações militares dos EUA e de Israel sinaliza uma transformação profunda na condução de guerras. Enquanto essas tecnologias oferecem vantagens estratégicas, é imperativo que sejam acompanhadas de regulamentações robustas para garantir a conformidade com o direito internacional humanitário e a proteção de civis.


Para aprofundar seu conhecimento sobre o impacto da tecnologia na guerra e em outros setores, visite o blog de Gustavo Caetano: gustavocaetano.com/blog.

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