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O Meu Framework DASI: Adoção Estratégica de IA para Empresas que Querem Mover o Ponteiro

Tela de computador com código colorido em editor à esquerda e logo do React em azul à direita. Texto mostra "Edit src/App.js" e "Learn React".

Por Gustavo Caetano


A inteligência artificial não é mais um diferencial — é uma competência estratégica. Mas a verdade é que muitas empresas ainda tropeçam na hora de aplicar IA de forma prática, escalável e que gere impacto real nos resultados.


Foi observando esse desafio em empresas como Boticário, Grupo Águia Branca e Eurofarma, onde ministrei workshops de inovação, que desenvolvi o Framework DASI — Adoção Estratégica de IA. Um método em 4 pilares que ajuda líderes e times a descobrir, priorizar, testar e executar soluções com IA que realmente movem o ponteiro da empresa.


Pilar 1 — Descobrir Grandes Problemas

Antes de sair implementando IA em qualquer processo, é preciso descobrir quais problemas realmente valem a pena resolver.


Empresas de sucesso em IA não começam com tecnologia. Começam com problemas estratégicos — aqueles que, se resolvidos, geram impacto direto em receita, custo ou eficiência operacional.


1.1 — Vá além do sintoma com os “5 Porquês”

A técnica dos 5 Porquês (criada por Sakichi Toyoda, da Toyota) é simples, mas poderosa: pergunte “por quê?” cinco vezes até chegar à causa raiz.

Problema: “Nosso time comercial não bate meta.” Por quê? Falta de leads qualificados. Por quê? A equipe de marketing não está segmentando bem. Por quê? Os dados de clientes estão desatualizados. Por quê? O CRM não está integrado ao sistema de vendas. Por quê? Falta priorização técnica para a integração.

Resultado: o problema real não é o comercial, mas a falta de integração entre sistemas.


1.2 — Use o Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe)

Monte um mapa visual das causas que levam ao problema central, classificando-as por pessoas, processos, tecnologia e dados.

Ferramentas como Miro, Lucidchart ou Whimsical ajudam a criar esse mapa colaborativamente.

1.3 — Como a IA pode te ajudar nessa etapa

Use o ChatGPT, Claude ou Gemini para estruturar a investigação dos problemas:

“Atue como um consultor de inovação. Eu vou descrever um problema da minha empresa e quero que você me ajude a aplicar a técnica dos 5 Porquês e montar um diagrama de Ishikawa com causas possíveis. O problema é: [descreva aqui].”

Essa prática economiza horas de reuniões e ajuda o time a enxergar padrões e hipóteses ocultas nos dados da empresa.


Pilar 2 — Priorizar Grandes Problemas

Nem todo problema vale o esforço. O segredo está em atacar primeiro os que combinam maior impacto e menor esforço.


2.1 — A matriz Impacto x Esforço

Monte uma matriz simples com dois eixos:

  • Impacto no negócio (baixo a alto)

  • Esforço para resolver (baixo a alto)


Os problemas que estão no quadrante “alto impacto, baixo esforço” devem ser os primeiros a receber atenção e investimento em IA.


2.2 — A regra 80/20 de Pareto

Segundo o princípio de Pareto, 20% das causas geram 80% dos resultados.Isso também se aplica à IA: não tente resolver tudo — concentre-se nas poucas soluções que trarão a maior transformação.

Uma indústria farmacêutica percebeu que 80% das ineficiências de produção vinham de apenas 2 etapas da linha de embalagem. Ao usar IA para otimizar essas duas, ganhou 12% de eficiência global.

2.3 — Prompt de apoio à priorização

“Liste os problemas que descrevi a seguir em uma matriz de impacto x esforço. Depois, explique quais são os 20% que resolveriam 80% dos impactos. Problemas: [insira lista].”

Pilar 3 — Criar e Testar Hipóteses

Depois de priorizar os problemas certos, o próximo passo é formular hipóteses de solução.

Uma boa hipótese segue o formato:

“Acreditamos que [ação com IA] vai gerar [resultado mensurável] em [tempo estimado].”

3.1 — Metrifique tudo

Defina métricas de sucesso claras antes de começar. Exemplos:

  • Reduzir o tempo de resposta ao cliente em 30%

  • Aumentar a taxa de conversão de leads em 20%

  • Diminuir o custo de operação em 15%


3.2 — Faça testes A/B com IA

Ferramentas de automação e análise permitem testar hipóteses rapidamente sem grandes custos.

Exemplo: Testar duas versões de um e-mail gerado por IA para medir qual tem maior taxa de resposta.
Prompt útil:“Gere duas variações de mensagem de e-mail B2B para um público de gestores de RH, uma mais técnica e outra mais emocional, para testarmos em um experimento A/B.”

Pilar 4 — Executar com MVPs Inteligentes

A última etapa do Framework DASI é transformar hipóteses em protótipos funcionais.


4.1 — Crie um PRD (Product Requirement Document)

Antes de começar a desenvolver qualquer coisa, documente:

  • Objetivo do MVP

  • Problema que resolve

  • Usuário alvo

  • Funcionalidades principais

  • Métricas de sucesso

Prompt para IA:“Com base neste contexto de problema e hipótese, gere um PRD enxuto para um MVP de IA. Estruture com objetivo, público-alvo, funcionalidades e métricas.”

4.2 — Construa com ferramentas no-code

Plataformas como Lovable, Glide, Bubble e Softr permitem criar prototipagens rápidas e baratas, sem depender do time de tecnologia no início.


Mas atenção: nenhum MVP deve ser colocado em produção sem validação e segurança da área de tecnologia da empresa.MVP é para testar hipóteses, não para substituir sistemas corporativos.


IA estratégica é sobre pessoas e método

O Framework DASI é mais do que um processo técnico — é uma mudança de mentalidade.Empresas que adotam IA com método aprendem mais rápido, erram menos e crescem de forma sustentável.


Quer aprender a aplicar o Framework DASI com seu time?


👉 Acesse www.gustavocaetano.com e conheça meu Workshop de Adoção Estratégica de IA, já ministrado em empresas como Grupo Boticário, Grupo Águia Branca e Eurofarma.

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